“Solos Flutuantes” estreia em Brasília e convida o público a mergulhar em memórias, medos e sonhos

 Inspirado em “A Poética do Espaço”, de Gaston Bachelard, espetáculo do coletivo Poéticas da Meia Noite apresenta três montagens únicas e gratuitas


O que resta de uma casa em ruínas? A partir de memórias, medos e sonhos esquecidos ela pode ganhar novas formas, vozes e significados. É essa a proposta de “Solos Flutuantes”, espetáculo do coletivo Poéticas da Meia Noite, que estreia nesta terça-feira (26) no Espaço Pé Direito, em Brasília, e vai até o dia 6 de dezembro.


Inspirado no livro “A Poética do Espaço”, do filósofo francês Gaston Bachelard, o trabalho explora a relação entre espaços e sentimentos, transformando vivências íntimas em uma experiência cênica profunda e poética.


A montagem apresenta três solos criados pelos atuantes Gabriela Vasconcelos, Fernanda Duarte e Davi Dias, que apresentam uma escrita que mistura memória, ficção e reflexão. Com sessões nos dias 26 a 29 de novembro, no Espaço Pé Direito, e de 04 a 06 de dezembro, no Espaço Multicultural Casa dos Quatro, o espetáculo é uma atração que reúne histórias pessoais e grandes temas universais.


Dirigido pelo renomado Thiago Carvalho, o espetáculo nasceu de um processo colaborativo de criação dramatúrgica que desafiou os atores a mapear suas próprias histórias e emoções. “Os solos são viagens ao mundo das imagens poéticas que emergem dos espaços íntimos da casa, uma casa construída por cada atuante em suas narrativas”, resume Thiago.


As montagens trazem à cena a técnica em que os limites entre autobiografia e ficção se misturam. No solo “As Frestas Empoeiradas da Memória”, Fernanda Duarte dá vida a uma radialista em busca de fragmentos do passado. Enquanto em “A Cidade dos Pequenos Causas”, de Davi Dias, transporta o público para uma cidade fictícia repleta de personagens curiosos, como “a vizinha” e “o encantador de moscas”. Por fim, Gabriela Vasconcelos assume o papel de uma escritora em “Habitei Cantos Que Deveriam No Máximo Ser Frequentados” e desvenda os limites entre a vida e a literatura.


Mais do que narrar histórias, “Solos Flutuantes” desafia as fronteiras do teatro tradicional ao apostar no teatro performativo. Os atores se entregam em uma conexão visceral com suas experiências. “É um mergulho em histórias de perdas, bloqueios emocionais e reflexões sobre o que significa ser mulher, homem ou simplesmente humano em sociedade”, comenta Gabriela.


Para Davi Dias, o espetáculo é uma forma de revisitar sua própria história. “Os personagens que interpreto são alter egos meus, que me ajudam a entender quem eu sou e como posso transformar minhas vivências em arte”, explica o ator, cujo trabalho carrega humor e emoção na mesma medida.


O Coletivo Poéticas da Meia Noite

Fundado em 2021, o Coletivo Poéticas da Meia Noite desenvolve trabalhos no campo da pesquisa, produção e formação. Tem o objetivo de aproximar tradição e contemporaneidade, seja a partir dos temas do imaginário em suas obras cênicas, seja pelo diálogo da dramaturgia, discussões e procedimentos da criação através de um processo criativo colaborativo. 


Serviço:


Local: Espaço Pé Direito - Vila Telebrasília 23 - Asa Sul, Brasília, DF, 70200-001

Horários: 18h e 20h30

Datas:

- 26/11: As Frestas Empoeiradas da Memória (Fernanda Duarte)

- 27/11: A Cidade dos Pequenos Causos (Davi Dias)

- 29/11: Habitei Cantos Que Deveriam No Máximo Ser Frequentados (Gabriela Vasconcelos)


Local: Espaço Multicultural Casa dos Quatro - St. de Habitações Coletivas e Geminadas Norte 708 SCLRN 708 Bloco F Loja 1 - Asa Norte, Brasília - DF, 70740-556

Horários: 18h e 20h30

Datas:

- 04/12: Habitei Cantos Que Deveriam No Máximo Ser Frequentados (Gabriela Vasconcelos)

- 05 /12: A Cidade dos Pequenos Causos (Davi Dias)

- 06/12: As Frestas Empoeiradas da Memória (Fernanda Duarte)


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