Karol Guimarães, candidata à presidência da OAB-DF pela chapa A OAB Que Eu Preciso, chapa 99, se coloca como a única capaz de defender a advocacia excluída, composta pelos 99% alijados dos círculos que, há duas décadas, dominam a Ordem. Em sabatina ao Portal Mindjus, conduzida por André Colares e João Rezende, Karol deixou claro seu propósito de devolver a OAB-DF à advocacia e romper com o elitismo vigente.
Com um plano estruturado em três pilares – defesa das prerrogativas, respeito aos honorários e liberdade de expressão – Karol propõe uma atuação rigorosa e preventiva contra os abusos enfrentados pela advocacia. Entre suas propostas, estão o uso de inteligência artificial para monitoramento do Diário de Justiça Eletrônico, a formação de agentes de prerrogativas para ação rápida e o uso do Botom Inteligente da OAB, que possibilita gravações e protege advogados contra abusos.
Karol ressalta que sua chapa ouviu ativamente os advogados e advogadas do DF, moldando propostas para melhorar as condições de trabalho de todos, essenciais ao funcionamento da Justiça. Em contrapartida, ela critica os eventos de luxo promovidos por outros candidatos e destaca a disparidade entre as campanhas. “Enquanto um deles anunciam 3 mil casos de violação em três meses, o que temos é uma prova clara da omissão da Ordem,” pontuou.
Direito ao Porte de Arma
Um dos compromissos de Karol é a luta pelo porte de arma para advogados, um direito que considera essencial para a proteção dos profissionais, em condições de isonomia com outras profissões. “Já atuei contra policiais e sabemos o risco que corremos. Não podemos mais aceitar essa vulnerabilidade enquanto a OAB nada faz,” declarou.
Com uma chapa composta majoritariamente por advogados de subseção – muitos sem voz ou voto na atual gestão da OAB-DF – Karol defende maior inclusão, especialmente por meio da ESA-DF (Escola Superior de Advocacia), onde propõe ampliar o acesso para jovens advogados e estabelecer um espaço prime para atendimentos.
Apesar de jovem, com 37 anos, Karol traz em sua trajetória experiências de gestão, como sua atuação como administradora de Taguatinga, atribuída à sua dedicação e competência. Mãe de dois filhos, ela enfatiza a necessidade de apoiar grupos mais vulneráveis, incluindo mulheres negras, pessoas com deficiência e LGBTQIA+, frequentemente marginalizados na profissão.
Sonho com o dia em que a advocacia retomará o controle da OAB, que foi sequestrada por grupos de interesse,
parafraseou Martin Luther King. “Venho de uma origem humilde, estou aqui hoje porque tive oportunidade. Advogados não precisam de assistencialismo, mas de reais oportunidades,” concluiu.
A entrevista completa está disponível no Portal Mindjus e pode ser acessada aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MWRen0Cny0M&t=1s