Karol Guimarães abre o jogo sobre as eleições da OAB na Rádio Metrópoles

 


Com o ânimo e a disposição de quem sabe que defende o melhor para advocacia, a candidata às eleições da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Distrito Federal (OAB-DF) pela chapa A OAB Que Eu Preciso, Karol Guimarães se posicionou sobre temas polêmicos e denunciou o descaso vivido pelos profissionais durante entrevista ao Conexão Metrópoles, nesta quarta-feira (30). O programa é comandado pelo jornalista Estevão Damásio, na Rádio Metrópoles. 

Advogada criminalista, Karol fez duras críticas à falta de respeito enfrentada dia após dia pelos profissionais do DF ante a inação da atual gestão da Ordem, que trabalha para uma minoria privilegiada. 

“O que vivemos todos os dias é tapa na cara e porta fechada. Para essas panelinhas que estão se revezando no poder, tapete vermelho. Precisamos de respeito às prerrogativas e de oportunidades para colocar dinheiro no bolso. Nós representamos 99% da advocacia que está excluída. Você imagina fazer uma gestão para atingir somente 1% da advocacia? É isso que eles fazem há 20 anos. É um absurdo”, criticou a candidata da chapa 99.

Karol lembra que é a única mulher nestas eleições com coragem de “colocar o dedo na ferida e quebrar as panelinhas que sequestraram OAB para se utilizarem indevidamente da instituição.”

A primeira medida proposta pela candidata da chapa 99 para pôr fim ao desrespeito às prerrogativas é monitorar o Diário de Justiça Eletrônico (DJE) utilizando inteligência artificial. Muitas violações são publicadas lá e nada é feito pela Ordem, que deveria tomar as medidas necessárias para defender a advocacia. 

“O advogado ou a advogada que é obrigada a se expor contra juízes, desembargadores e ministros enquanto a OAB fica omissa, principalmente, quanto à fixação de honorários abaixo do que a lei determina. A OAB tem que atuar de ofício para barrar essas afrontas ao nosso trabalho”, denuncia.

No âmbito das oportunidades, a candidata da chapa 99 defende a criação de um escritório prime no Lago Sul. Além da estrutura que terão à disposição e que agregará valor ao trabalho, a medida demonstra que advogados de qualquer região do DF pode atender na área mais nobre da capital. 

Para além da OAB

Karol também foi abordada sobre temas que dizem respeito a toda sociedade, como a anistia aos presos do 8 de janeiro. Sem medo de tratar temas polêmicos, a advogada lembrou que, como criminalista, seu entendimento é de que as prisões são ilegais. 

O Código de Processo Penal determina o que é flagrante, que é estar cometendo ou que tenha acabado de cometer um crime e ser preso em seguida com objetos que façam presumir a autoria desse crime. Estou falando do dia 9 de janeiro, com a prisão das pessoas que estavam no QG e não se incluem no artigo 302 do Código de Processo Penal, que é o flagrante. Além disso, nem sequer foram avisadas que estavam sendo presas, o que também é um abuso de autoridade

,explica a candidata.

Ela ressalta ainda que é preciso trabalhar conforme o que é determinado pela Constituição Federal que diz que nos conflitos é preciso trabalhar de forma consensual. Por isso, observa a importância de trabalhar com princípios supraconstitucionais para pacificar o país.

Outro tema abordado foi a maioridade penal. Tema que a advogada defende que seja amplamente debatido com a sociedade. Ela acredita que exista tanto a necessidade de discutir, principalmente, as punições por crimes brutais cometidos por pessoas com menos de 18 anos. Por outro lado, cobra maior atuação do Estado no cuidado integral de crianças e adolescentes.

Uma questão bastante controversa é a diferenciação entre usuário e traficante de maconha. O que mais chamou a atenção da advogada, para além da importância da questão em si, é o fato de a OAB ter sido deixada de fora e sequer ter se manifestado diante da discussão do Supremo Tribunal Federal (STF) antes do martelo ser batido pela Corte. O que foi classificado como um “verdadeiro absurdo” por Karol.

A advocacia perdeu a capacidade de ser ouvida. Por isso, precisamos nos posicionar politicamente e mostrar que a que a OAB foi criada na Constituição Federal

, evidencia.

Por fim, a candidata lembrou que essas eleições para a OAB-DF  serão um marco para a advocacia no DF. A disputa é realizada apenas entre dois grupos de advogados: os que representam a minoria privilegiada, que está há 20 anos se revezando no comando da instituição, e a chapa que representa 99 por cento da advocacia, excluída da instituição. 

“Nós somos a chapa que tem coragem de enfrentar o que precisa ser enfrentado para a nossa instituição ter novamente credibilidade. Estamos na capital do país e precisamos de uma OAB combativa e integrativa”, finaliza a líder da chapa 99.

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