As bebidas energéticas têm se popularizado devido à promessa em suas embalagens de aumentar a sensação de alerta, o foco e, consequentemente, a produtividade e ânimo do consumidor. No entanto, esse pico de energia temporário tem efeitos consideráveis na saúde, desde impactos na qualidade do sono até problemas cardiovasculares.
De acordo com o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, uma latinha de energético tem capacidade para acelerar os batimentos cardíacos independente de fatores como sedentarismo e diabetes. “ O grande problema dessas bebidas está na presença de taurina e cafeína, substâncias que estimulam os receptores responsáveis pela vasodilatação coronária e periférica. Dessa forma, até mesmo jovens estão suscetíveis a doenças cardiovasculares”, alerta o especialista.
O risco se intensifica ainda mais quando o energético é misturado com bebidas alcoólicas, como whisky e vodka, uma vez que a pressão arterial dispara. “Se você já tem pressão alta, essa combinação pode levar a um AVC”, enfatiza Victor Hugo.
O AVC ( Acidente Vascular Cerebral), é uma condição na qual os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou são rompidos, o que provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. Esse cenário é potencializado pelos níveis das substâncias danosas presentes nesses tipos de bebidas.
Para reduzir os riscos de um AVC, o neurocirurgião recomenda a redução do consumo de energéticos e, caso sintomas como tontura, formigamento e taquicardia apareçam, o ideal é buscar um profissional que possa prescrever a melhor forma de tratamento. “Energéticos são como um jogo de equilíbrio, e a manifestação de qualquer sintoma de doenças cardiovasculares no consumidor é um agravante para o quadro”, conclui.