Setor Aeroporto entra no radar do mercado imobiliário

 

Incorporadoras, que buscam cada vez mais por localidades que atendam às necessidades dos compradores, com preços por m² mais acessíveis, começam a desenvolver empreendimentos que levarão modernização à região ainda pouco explorada

 

Próximo a pontos de lazer importantes como o Bosque dos Buritis e o Zoológico Municipal de Goiânia, além da facilidade de acesso a serviços essenciais, como grandes hospitais, escolas, agências bancárias; e de lazer, como bares, restaurantes, teatros e parques, o setor Aeroporto está atraindo os olhares do mercado imobiliário goiano. De olho nesse potencial, as incorporadoras, que buscam cada vez mais por localidades que atendam às necessidades dos compradores, com preços por m² mais acessíveis, começam a desenvolver empreendimentos que levarão modernização à região.

 

Essa busca pela expansão do mercado imobiliário para outras regiões de Goiânia vai de encontro aos dados do Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro deste ano. Segundo a pesquisa, embora as casas dominem, os apartamentos registraram um crescimento significativo no número de residentes entre 2010 e 2022. Em Goiânia, o percentual saltou de 15,02% para 24,33% demonstrando uma mudança no perfil habitacional da capital.

 

De acordo com o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Felipe Melazzo, o Setor Aeroporto já é um bairro consolidado, com grande variedade de serviços e dotado de boa infraestrutura e equipamentos públicos. “Essas características, além da mudança do Plano Diretor, que permitiu o adensamento na região, e a grande demanda, credenciam o Setor Aeroporto para ser um dos bairros que terão atenção dos adquirentes dos novos empreendimentos”, afirma.

 

A Terral Incorporadora, que apresentou nesta terça-feira (25) o seu novo empreendimento no Setor Aeroporto, o Aero17, promoveu uma pesquisa sobre um dos bairros mais tradicionais da capital. Segundo levantamento, oito em cada 10 entrevistados que já residem na região fazem parte do público que compõe a população economicamente ativa, sobretudo assalariados e funcionários públicos. E, pelo menos 40% dos moradores são de imóveis alugados.

 

Outro fator que levaram as pessoas a escolherem o setor Aeroporto é a sua boa localização: a um quilômetro do Setor Oeste, a dois do Centro, a três de Campinas e a menos de quatro quilômetros do Setor Bueno. Além disso, de carro, em cinco minutos é possível desfrutar da natureza do Lago das Rosas; em 10 à Praça do Sol, e 15 minutos são suficientes para estacionar no Shopping Bougainville ou no Shopping Cerrado.

 

O Aero17 não será o primeiro empreendimento da Terral no setor Aeroporto. Lançado em 2018, o New Way também surgiu da necessidade de ressignificar o conceito de viver bem e levar modernização ao bairro, explica o gerente comercial da incorporadora, Ricardo Cruz. À época, 80% dos apartamentos desse empreendimento foram vendidos no lançamento, quando então a incorporadora percebeu que a região teria grandes possibilidades imobiliárias. “O Aeroporto (setor) foi um dos primeiros bairros da cidade a ser verticalizado, principalmente por sua proximidade com o Centro. Porém, ainda é uma região que carece muito de projetos modernos e apresenta uma demanda muito grande de pessoas que desejam manter a sua moradia lá, porém em empreendimentos contemporâneos.”

 

E, com esse propósito de levar modernização, o novo projeto da Terral no setor Aeroporto contará com o lazer nas alturas que apenas um rooftop pode oferecer. Ricardo revela que o Aero17 é o único prédio do quarteirão, e por isso vai proporcionar uma vista privilegiada de 360 graus da cidade. “O setor tem uma vista muito bonita da nossa capital, esse investimento em um rooftop é uma forma de presentear os moradores”, completa o gerente comercial da Incorporadora.

 

Nos últimos cinco anos, a EBM Desenvolvimento Imobiliário tem investido em bairros considerados “adjacentes”, como o Setor Aeroporto, por sua ótima localização e acessibilidade. Segundo o diretor de Incorporação da empresa, Marcos Túlio Campos, esses setores são tão consolidados quanto localizações mais “tradicionais” como Bueno, Marista ou Jardim Goiás. “No Setor Aeroporto, por exemplo, é possível chegar a qualquer ponto da cidade em cerca de 20 minutos. É um local repleto de serviços e comércios e com alto potencial de valorização, diferente de bairros que já atingiram ou estão próximos de atingir seu potencial humano”, explica.

 

O diretor ainda pontua que essas localidades acabam se tornando mais acessíveis para uma fatia maior da população, o que torna o investimento interessante tanto para moradores como para investidores. “Conseguimos atender com qualidade tanto a demanda de pessoas que moram em locais mais distantes e querem vir morar em uma região mais centralizada, quanto a renda de investidores que buscam revenda ou locação, visto que o bairro tem grande potencial de valorização a longo prazo”, ressalta. Recentemente, a EBM entregou, ao lado da famosa Praça do Avião, na Rua 25A, o Wish Aeroporto, residencial com metragem de 58m² a 79m² e tipologias dois e três quartos com suíte, sucesso de vendas à época de seu lançamento.

 

Valorização

 

Parte da região central da cidade, o setor Aeroporto deve se beneficiar também com o projeto de requalificação do Centro. Aprovado em primeira votação na Câmara Municipal de Goiânia, o Projeto de Lei Complementar 19/2023, que trata do Programa Centraliza, tem como objetivo promover uma série de melhorias urbanas e estruturais para proporcionar uma experiência mais agradável aos moradores da região e tocar diversos pontos no intuito de fomentar o turismo, o comércio, a cultura e a gastronomia. As mudanças previstas devem refletir diretamente na valorização imobiliária dos empreendimentos já existentes, além de atrair novos olhares do mercado construtivo.