Com a crescente exposição prolongada da população a ruídos intensos, é preciso ficar em alerta quanto à saúde auditiva. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, e a estimativa é que 2,5 bilhões de pessoas enfrentarão algum grau de perda auditiva até o ano de 2050.
A fonoaudióloga e especialista em audição Ariane Gonçalves, da clínica AudioFisa, destaca a importância das medidas preventivas, como evitar a introdução de objetos no ouvido. Outro alerta é sobre gripes e otites: “Precisamos nos atentar também para os riscos relacionados a gripes e otites mal tratadas, que podem resultar em perda auditiva.”
A exposição excessiva a ruídos, como músicas muito altas, também é outra preocupação que devemos ficar de olho. Nos últimos anos, houve um aumento expressivo de jovens com perda auditiva atribuído ao uso irregular de fones de ouvido. “Este é um reflexo do uso irregular de fones de ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”, alerta a especialista.
Ariane destaca a importância de procurar ajuda profissional diante de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão e dor. Consultar um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar a audição é crucial, assim como realizar avaliações audiológicas anuais como medida preventiva.
Ariane ainda ressalta: “Em casos de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão e dor é muito importante consultar um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar sua audição e vale ressaltar, também, a importância de realizar uma avaliação audiológica pelo menos uma vez ao ano, por prevenção.”
A especialista recomenda precauções para prevenir a perda auditiva, como evitar sons acima de 100 decibéis, realizar check-ups auditivos regulares, não introduzir objetos nos ouvidos e tratar corretamente todas as infecções.
Deficiência auditiva
Ariane afirma que, atualmente, a tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a deficiência auditiva. “Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a demência”, explica.
A fonoaudióloga ressalta, ainda, que os avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada vez mais a saúde dos usuários “Ter um aparelho auditivo não é questão de luxo, trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem melhor e consigam manter suas interações sociais”, afirma.