Dia Nacional do Doador de Sangue (25/11) alerta sobre a importância desse gesto solidário
A doação de sangue é um gesto de solidariedade de extrema importância. Com apenas uma doação, é possível salvar até quatro vidas. Mas com a proximidade das férias e celebrações de fim de ano, as doações diminuem no período.
Segundo o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), as doações diminuíram cerca de 30% na pandemia. De acordo com o Ministério da Saúde, em algumas regiões do Brasil, a queda foi de até 50%. E com a melhoria do quadro de saúde e o avanço da vacinação, as pessoas devem viajar no fim de 2022 e os estoques podem ficar reduzidos.
Dia Nacional do Doador de Sangue
Para reforçar a importância desse gesto solidário, existe o Dia Nacional do Doador de Sangue, que é celebrado em 25 de novembro. Também foi criada a campanha Somos todos do mesmo sangue, com o objetivo de agradecer os doadores, sensibilizar e alertar sobre a importância dessa atitude em favor do próximo.
“O mês de novembro foi escolhido justamente pelo baixo volume de doações. O dia 25 é uma data muito especial para lembrarmos e promovermos esse ato solidário que é tão necessário”, explica Laís Braga, coordenadora-adjunta do curso de Biomedicina do Centro Universitário Integrado.
Segundo o Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue regularmente. Esse número fica abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde e bem atrás dos 5% que são registrados em países europeus.
Quem pode doar sangue
Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos, que estejam pesando mais de 50 kg e em boas condições de saúde. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto. Menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.
O procedimento para doação de sangue é simples, rápido e totalmente seguro. Não há riscos para o doador, porque nenhum material usado na coleta do sangue é reutilizado, o que elimina qualquer possibilidade de contaminação.
A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450 ml.
“Doar sangue é um ato solidário, maravilhoso e rápido. Não senti medo algum, não doeu e não demorou. Foi questão de cinco minutos”, incentiva Drielle Freire, acadêmica do curso de Biomedicina no Integrado e que fez a primeira doação de sangue neste ano.
Onde o sangue é usado?
O consumo de sangue é diário e contínuo, pois ele é utilizado em várias ocasiões como em anemias crônicas, cirurgias de emergência, acidentes que causam hemorragias, complicações de dengue, tratamento de câncer e outros. Não existe nenhum substituto para o sangue, por isso, ele é tão importante.
“Vale lembrar que a frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três para as mulheres. O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de dois meses para o público masculino e de três meses para o feminino”, pontua Laís.
Quem não pode doar
Existem diferentes cuidados a serem observados com a saúde de quem pretende fazer esse gesto de caridade. No entanto, pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente. Recomenda-se também não ingerir alimentos gordurosos três horas antes.
Outros impedimentos temporários que impedem a doação envolvem quem ingeriu bebida alcoólica nas últimas 12 horas, fez extração dentária nas últimas 72 horas, fez tatuagem ou tenha colocado piercing nos últimos 12 meses, tenha realizado transfusão de sangue no período de até um ano ou tenha sido exposto em situações de risco, acrescido para infecções sexualmente transmissíveis.
Já os impedimentos definitivos envolvem que contraiu Malária, Hepatite viral após os 11 anos de idade, diabéticos, quem sofre de epilepsia ou convulsão, portadores de Hanseníase, quem tem doenças renais crônicas, antecedentes de neoplasias (câncer), antecedentes de acidente vascular cerebral (derrame), quem apresenta evidência clínica ou laboratorial de Hepatites B e C, AIDS (Vírus HIV), doenças associadas ao HTLV I/II, Doença de Chagas ou quem fez cirurgia bariátrica.
Onde doar sangue no Paraná
Existem diversas unidades do Hemocentro espalhadas no estado. “Elas estão localizadas em Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória”, complementa Laís Braga.