Trazer o estudante para o centro da própria vida escolar e torná-lo sujeito ativo de sua Educação. Um dos principais desafios para professores e equipes pedagógicas, essa mudança na forma de encarar o ensino tornou-se ainda mais necessária e urgente durante os últimos dois anos, quando os jovens precisaram, muitas vezes, buscar mais proximidade com os educadores para dar conta das aulas on-line e híbridas.
Em tempos de pandemia, um dos principais desafios dos educadores foi incentivar estudantes de todo o Brasil a buscar uma evolução contínua no desempenho escolar. Pensando nisso, o Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende a rede pública municipal de mais de 210 municípios em todo o país, criou uma série de competições nacionais para reconhecer o esforço e a busca dos estudantes por uma compreensão mais profunda dos conteúdos compartilhados em sala de aula. Com aparelhos celulares como prêmio final, os concursos “Feras da Matemática”, “Feras da Língua Portuguesa” e “Feras da Ciência” foram realizados ao longo de 2021 e premiaram estudantes com base nos conhecimentos demonstrados por eles na hora de resolver situações-problema.
Para o gerente pedagógico do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Carlos H. Wiens, essa gamificação do conhecimento é uma maneira de estimular a formação continuada dessas crianças e adolescentes mesmo fora da sala de aula e do ambiente escolar. “Quando propomos uma competição saudável entre os jovens, eles entendem que precisam buscar conhecimentos para além daquilo que é ensinado na escola. E essa é uma ferramenta poderosa para que criem o hábito de estudar mesmo quando os professores não estão olhando”, afirma.
Cada concurso, uma aventura
Os formatos dos três concursos foram diferentes entre si. No caso do "Feras da Matemática", depois de se inscrever, os alunos receberam, toda quarta-feira, ao longo de quatro semanas, uma situação-problema de Matemática. Então, tinham até 18h da sexta-feira subsequente para enviar as respostas. Cada alternativa oferecida tinha uma pontuação equivalente e, em seguida, o Aprende Brasil enviava as respostas com comentários. Ao final, os estudantes com maior pontuação foram premiados com um aparelho celular. O público-alvo eram estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental.
Por sua vez, no "Feras da Língua Portuguesa", toda quinta-feira, os estudantes precisavam responder corretamente a três perguntas sobre o idioma oficial do Brasil. As três respostas certas davam direito a um número da sorte. Já o "Feras da Ciência" teve um formato mais prático. As crianças receberam propostas de experimentos para realizar e registrar em vídeo. O envio do material também dava direito a um número da sorte. Cada uma das campanhas sorteou três aparelhos celulares para estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental. No caso do "Feras da Ciência", as escolas de cada aluno sorteado receberam também um microscópio.
Wiens explica que os prêmios também contribuem para a compreensão de que o esforço focado pode trazer bons resultados – tanto no âmbito individual, quanto no coletivo. “Queremos mostrar que, sempre que eles se dedicam aos estudos, todos ganham, e que, por mais que os tempos sejam difíceis, sempre vale a pena encontrar um tempo para ler mais, refazer atividades realizadas em sala de aula e pesquisar mais a fundo os assuntos que nos interessam”, finaliza.