Agasus capta
R$ 120 milhões em emissão de debêntures
Empresa de
locação e serviços de equipamentos de TI, que também atua na venda de
equipamentos seminovos, terá mais capacidade de investimento e espera atingir
receita de R$ 220 milhões em 2022, após entregar vendas de R$ 80 milhões em
2020 e projetar R$ 140 milhões em 2021
Foto: Luíza Salerno |
A Agasus, referência nacional em Hardware
as a Service e venda de equipamentos seminovos, que atua há mais de 20 anos no País,
anunciou a conclusão da emissão de debêntures para captação de R$ 120 milhões.
O recurso será utilizado em duas frentes: compra de equipamentos para locação e
melhoria na estrutura de dívidas e capital da companhia. A estruturação da
emissão foi coordenada pelo Itaú BBA.
Com prazo de quatro anos, a emissão está
sendo feita por meio da Instrução 476 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
que dispõe sobre as ofertas públicas distribuídas com esforços restritos e a
negociação desses valores mobiliários nos mercados regulamentados. A emissão
dos títulos não conversíveis foi bem-sucedida. A demanda pelos papéis superou a
oferta em 40%.
“O interesse de grandes nomes na emissão
reforça a credibilidade do modelo de negócio da Agasus, bem como em nossa
performance. Temos uma visão centrada no cliente, e nosso time tem feito um
trabalho incrível em entregar serviços de alta qualidade e com muita rapidez”, avalia
Rene Almeida, Co-CEO da Agasus. Segundo o executivo, 70% do valor captado na emissão
de debêntures serão utilizados na aquisição de equipamentos para locação, para
fortalecer a capacidade de atendimento da empresa e ampliar sua competitividade
no mercado. O restante será utilizado para otimizar a estrutura de capital, com
aumento da eficiência de geração de caixa da empresa.
A Agasus aluga equipamentos como
desktops, notebooks, smartphones e tablets,
oferecendo os serviços de setup, logística, service desk e manutenção incluídos
nos pacotes de locação. As empresas podem locar em sistema on demand, similar ao que é feito nos serviços de streamings, por sistema de assinatura.
Com essa opção, os clientes ficam livres para se concentrar em seu core business. A Agasus ainda atua com a
venda de equipamentos seminovos, por meio da divisão Agasus Seminovos, operação
que teve início com a aquisição da empresa JR1 em 2020.
Com a captação, a Agasus segue no
movimento de expansão dos negócios, projetando faturar R$ 140 milhões no
consolidado de 2021, o que representará crescimento de 75% em relação ao volume
de R$ 80 milhões apurado no ano passado. “Estamos focados em seguir o ritmo de
expansão e concentrados em consolidar a engrenagem do modelo de negócio para
pavimentar nossa liderança de mercado no próximo ano”, diz Almeida. Segundo
estimativas do executivo, o ritmo de crescimento deve se manter acima de 50% no
ano que vem, levando o faturamento ao patamar de cerca de R$ 220 milhões no
final de 2022.
Primeira emissão
Esta emissão de debêntures é a segunda
operação realizada pela Agasus desde que o fundo de investimentos 220 Capital,
que atua pelo modelo search fund –em
que empreendedores apoiados por investidores brasileiros e estrangeiros compram
empresas de alto potencial com receita anual de até R$ 100 milhões – adquiriu o
controle da companhia, em 2019. Na primeira emissão de debêntures, que resultou
na captação de R$ 50 milhões, em fevereiro de 2020, a Agasus também visava usar
os recursos para investir na aquisição de equipamentos. “A estratégia, no ano
passado, nos ajudou a ter estoque suficiente para suprir as altas demandas aceleradas
pela pandemia”, explica Almeida. Com as medidas de restrição a partir da
eclosão da pandemia no Brasil em março e, consequentemente, o avanço do home
office, a Agasus registrou alta de 300% na procura por seus serviços.
Em dois anos de gestão, a Agasus elevou
de 65 para 220 o número de funcionários, e consolidou um parque de equipamentos
de mais de 110.000 itens, alugados para 1.200 clientes em todo o Brasil. O
investimento em um estoque robusto e na diversidade de equipamentos permitiu à Agasus
sair na frente da concorrência. Outro fator que catalisou a aceleração da
Agasus foi a falta de equipamentos novos em alguns momentos do ano, dadas as
rupturas de fornecimento, além da alta na cotação do dólar, que desincentivou
ainda mais empresas a alocarem seus recursos na compra de equipamentos de
microinformática para seus usuários, apesar da urgência da transformação
digital e estruturação de home office.
“O sucesso da primeira emissão de
debêntures fez esta ser ainda melhor, com uma demanda de investidores 40% maior
do que nossa necessidade de recursos”, ressalta Thomas Acher, Diretor
Financeiro da Agasus e responsável por liderar a nova operação. “Além disso,
alguns debenturistas da primeira iniciativa optaram por investir novamente e,
ainda, conseguimos atrair novos investidores, o que reforça que nosso
planejamento para crescimento está no caminho certo”, finaliza Acher.